Provérbios
Segundo Pedrosa Ferreira, "a civilização oral, ligada durante milénios apenas ao suporte da memória para transmitir informação de geração em geração, inventou os provérbios. Neles encontramos regras práticas para o nosso quotidiano, juízos morais, etc. Para melhor memorização, muitos deles têm rima.
Apesar de vivermos numa cultura diferente daquela onde nasceram estes provérbios, continuam a ser muito importantes, (...) além disso, muitos deles continuam a ter uma grande actualidade".
Depressa e bem
há pouco quem.
De raminho em raminho
o passarinho faz seu ninho.
Quem semeia ventos
colhe tempestades.
A palavra é de prata
o silêncio é de ouro.
Quem muito fala
pouco acerta.
Não faças aos outros
o que não queres que te façam.
Grão em grão
enche a galinha o papo.
Não deixes para amanhã
o que podes fazer hoje.
Se tens fama
deita-te na cama.
Coração que não vê
Alma que padece.
Quem dá aos pobres
empresta a Deus.
A ignorância
é o pior de todos os males.
O tempo
é o melhor amigo do Homem.
Não há mal que sempre dure
nem bem que não acabe.
Em terra de cegos
quem tem um olho é rei.
Muita trovoada
é sinal de pouca chuva.
Quem não arrisca
não petisca.
Quem nunca teve e chega a ter
nem o diabo pode sofrer.
Quanto mais subires
maior é a queda.
Quem muito escolhe
pouco acerta.
Filho de peixe
sabe nadar.
Cão que ladra
não morde.
Quem tem unhas
toca guitarra.
Cada macaco
no seu galho.
Cada peru
tem o seu Natal.
Quem não semeia
não colhe.
Quem tem medo
compra um cão.
O sol quando nasce
é para todos.
Quem corre por gosto
não cansa.
Casa roubada
trancas à porta.
Filhos criados
trabalhos dobrados.
Quem vai à guerra
dá e leva.
Não há fumo
sem fogo.
Quanto mais depressa
mais devagar.
Quem vai ao ar
perde o lugar.
Quem nada pede
nada tem.
Alguns dos provérbios recolhidos pela turma PERE-B (Língua Portuguesa)
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