terça-feira, maio 1

Uma História na Floresta Encantada



Há muitos, muitos anos atrás, no tempo dos contos de fadas, dois meninos, a Soraia e o Érico, viviam numa floresta encantada.
A floresta tinha árvores muito altas e antigas e mesmo no seu centro havia um lago mágico, rodeado de flores coloridas. Perto dos rochedos existia uma pequena aldeia chamada: “A Aldeia dos Cogumelos”. Junto da aldeia tinha sido construído um parque infantil e uma fábrica de chocolates. No monte mais alto avistava-se um castelo coberto de paranhos.
Numa linda tarde de Primavera, a Soraia e o Érico decidiram brincar no parque. A Soraia era uma menina meiga, com pernas de girafa, loira, de olhos verdes e nariguda como o Pinóquio. O Érico era um rapazito trapalhão, loiro, alto, bonito e de olhos azuis como o céu.
Naquela tarde tudo corria mal porque o material do parque estava estranho…
A Soraia disse ai Érico:
- Que se passa com este parque? O escorrega está coberto de manteiga!
O Érico retorquiu:
- O baloiço acaba de rebentar!
Foi então que a Soraia lembrou-se de ir visitar a fábrica dos chocolates. Quando chegaram lá encontraram uma bruxa com um aspecto muito má. Ela tinha o cabelo preto, os olhos castanhos, unhas pretas, lábios púrpura, usava um vestido preto, uma vassoura mecânica e uma varinha de condão a pilhas. Era uma bruxa vaidosa, egoísta, maldosa, orgulhosa e tinha um coração gelado.
Os meninos ficaram espantados quando repararam que ela estava a sabotar os chocolates com a ajuda da sua amiga aranha venenosa, uma criatura horrível que usava uns óculos enormes. O Érico gritou:
- Soraia! Vou já desligar as máquinas!!!
A Soraia acrescentou:
- E eu vou avisar o presidente da fábrica, o Sr. Ludgero.
Entretanto, a bruxa fugiu na sua vassoura mecânica.
Os meninos foram para casa e contaram aos seus pais o que lhes tinha acontecido.
No outro dia, ao acordarem verificaram que tinham o rosto verde, os cabelos azuis e as orelhas enormes. A Soraia começou logo a chorar e disse:
- Ai meu Deus!!! Estou tão feia!!! Que será de mim?
O Érico acalmou a sua irmã dizendo:
- Calma rapariga! Aposto que isto foi mais uma das partidas da bruxa má!!! Ouvi dizer que vivia no lago da floresta uma fada cor-de-rosa. Vamos pedir ajuda a ela?!
A Soraia concordou e os dois partiram em viagem. Apoós uma longa caminhada, chegaram ao lago onde vivia a fada. Ela estava vestida de cor-de-rosa e os seus olhos brilhavam muito. Era uma fada bondosa que vivia com um duende trabalhador, pequeno e orelhudo, chamado: “O Orelhas”.
O Érico e a Soraia, muito nervosos, disseram:
- Fada Cor-de-Rosa ajuda-nos! A bruxa má está sempre a fazer-nos partidas.
A Fada Cor-de-Rosa exclamou:
- Está na hora de pregarmos uma partida a essa bruxa malvada!
Vou ao castelo dessa bruxa roubar a bateria da vassoura mecânica e as pilhas da varinha de condão.
Efectivamente, a fada cumpriu as suas palavras e ao anoitecer já a bruxa má estava com problemas na vassoura mecânica e na varinha de condão.
Desde aquele dia, a bruxa começou a viver como todos os humanos, sem bruxarias.
Ao acordar dizia:
- Ai! Que dores de pernas! Já não consigo andar. Tenho os braços todos doridos de tanto trabalhar. Que difícil é a vida dos humanos.
Na verdade, após esta experiência, a bruxa má começou a dar valor à vida dos habitantes da floresta e até ajudava as pessoas idosas.
A Fada Cor-de-Rosa, ao ver como ela tinha mudado, devolveu-lhe a bateria da vassoura mecânica e as pilhas da varinha de condão.
A Fada Cor-de-Rosa, o seu duende, a bruxa e a sua companheira, que agora eram boas, formaram uma equipa de boas acções.
A Soraia e o Érico, já com o seu aspecto físico normalizado, viveram felizes para sempre naquela floresta encantada.

Texto colectivo - PERE B

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