sábado, janeiro 27

O valor da Amizade


Num dia quente de Verão, o tigre Hobbes e o seu amigo Calvin, logo de manhã, levantaram-se da cama e foram para a cozinha. Calvin comeu cereais ao pequeno almoço e leu o jornal. Engraçado, ele viu o jornal mas não soube lê-lo.
Ambos saíram de casa a correr e foram brincar aos polícias e ladrões para o jardim. Fizeram caretas e tiraram fotografias um ao outro.
Cansados de brincar aos polícias e ladrões, decidiram partir para outra aventura. Hobbes cavou e Calvin procurou fósseis.
Como ficaram com calor, dirigiram-se para a piscina, afinal, o bicho coube na piscina e troçou do menino. Coitado, este ficou zangado com o seu amigo. Depois o tigre levantou uma pedra e Calvin ficou novamente zangado. Fitas as pazes, os dois foram jogar à bola mascarados de ladrões. Fartos da brincadeira, deitaram-se e inventaram formas nas nuvens.
De um momento para o outro, a confusão instalou-se e os dois amigos lutaram. Marotas! Atiraram balões de água aos amigos, logo de seguida subiram uma árvore em busca de um ninho de andorinhas.
No dia seguinte, à tardinha, Calvin e Hobbes foram para a barraca do tio Jorge e venderam uma bebida suicida por 25 dólares, quando viram uma cobra fugiram assustados!
Ao final do dia, cansados das brincadeiras, foram para o quarto e pegaram nos seus binóculos para ver a lua. O tigre pôde ver a lua com os binóculos. O amigo também quis vê-la. E, após observarem a lua, foram para o jardim e tentaram apanhar pirilampos. Como já era muito tarde, o pai trouxe-os para casa.
Já na cama, os dois amigos disseram um ao outro o que fizeram ao logo do dia, até que o sono tomasse conta dos seus corpos.

Texto da autoria de: Micaela C.

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quinta-feira, janeiro 25

Amigo



Mal nos conhecemos
Inauguramos a palavra amigo!

"Amigo" é um sorriso
De boca em boca,
Um olhar bem limpo,

Uma casa, mesmo modesta, que se oferece.
Um coração pronto a pulsar
Na nossa mão!

"Amigo (recordam-se, vocês aí,
Escrupulosos detritos?)
"Amigo" é o contrário de inimigo!

"Amigo" é o erro corrijido,
Não o erro perseguido, explorado,
É a verdade partilhada, praticada.

"Amigo" é a solidão derrotada!
"Amigo" é uma grande tarefa,
Um trabalho sem fim,
Um espaço útil, um tempo fértil,
"Amigo" vai ser, é já uma grande festa!


Alexandre O' Neill, No Reino da Dinamarca

Poema publicado por:
Alexandra C.
Mónica S.
Micaela G.
Regina S.

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segunda-feira, janeiro 15

Este mês a biblioteca sugere a leitura da obra:


Pipa de Massas de Madonna




Pipas de Massa é o quinto livro infantil assinado por Madonna e, como os anteriores, também neste a cantora/escritora cede os seus direitos à Spirituality for Kids Foundation, uma instituição norte-americana de ensino. Os quatro títulos anteriores venderam, no conjunto, cerca de dois milhões de cópias em todo o mundo, 30 mil dos quais em Portugal. O primeiro, As Rosas Inglesas, foi o que mais vendeu, tendo originado à sua volta um fenómeno de merchandising. De tal forma que tanto os editores (a Callaway) como a autora já pensam na sequela. Assim, é provável que a Pipas de Massa se siga As Rosas Inglesas II.

Em Pipas de Massa, como nos livros anteriores, a moral é universal - a verdadeira felicidade está na partilha -, mas a inspiração é italiana. A começar pelo título Lotsa da Casha, no original. Em português, optou-se por Pipas de Massa, que não transmite a intenção de "italianizar", como no inglês e que pode causar estranheza na leitura. Na tradução assinada, mais uma vez pela dupla familiar Miguel e Susana Serras Pereira, o protagonista, Pipas, aparece com uma pronúncia estranha, que troca os "ss" pelos "ch", numa tentativa de reconstruir o sotaque italiano do inglês de Madonna. Uma estranheza de que fala Rui Paes, o ilustrador, colocando algumas reservas à tradução nacional. "Talvez por ter lido tantas vezes a história em inglês", justifica.

Itália - país onde Madonna tem raízes familiares - está também muito presente na ilustração. A pedido da própria, como faz questão de salientar Rui Paes, que diz ter-se inspirado na cidade Siena e na arquitectura de Génova para construir os ambientes onde decorrem as aventuras do tão amargo, quanto rico, Pipas. Até agora Rui Paes ilustrara apenas um livro de contos assinado pela mãe, a escritora Glória de Santana. Tinha, então, 18 anos.

O interesse desta série de livros de Madonna está na assinatura, mas, sobretudo, na grande qualidade das ilustrações que os acompanham. São elas que trazem um enorme valor acrescentado a narrativas com pouco de original. São elas, ainda, que fazem destes exemplares objectos de culto para quem valoriza a imagem. Madonna sabe disso. E os seus editores também.



Texto retirado daqui

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